sábado, 21 de maio de 2011

Insatisfeito com o IBGE, governo cria mais um índice de emprego

Lupi quer novo índice para mostrar criação 
de mais vagas no Interior. Foto: Rodrigo
Carvalho

aquecimento do mercado de trabalho e a insatisfação do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, com a taxa de desemprego medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que também é atrelado ao governo, levarão à criação de mais um indicador até o final do ano: a Taxa de Emprego Real, elaborada pelo Ministério do Trabalho. O índice, que também será divulgado mensalmente, será fruto do cruzamento das informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e do Sistema Nacional de Emprego (Sine), uma espécie de agência de empregos do governo que auxilia na medição da demanda e da oferta de mão de obra.

A duplicidade de informações oficiais sobre o mesmo tema não é nova. O governo já possui, por exemplo, duas informações mensais a respeito das condições e projeções para a safra de grãos brasileira: uma do IBGE e outra da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O ministro Lupi justificou a criação de um novo indicador do mercado de trabalho com a necessidade de nova abrangência e amostragem. "Vou dizer quantos brasileiros procuraram emprego formal, com número real, não é pesquisa. Sou chato com isso: é número real, não é pesquisa, repito", disse. Serão duas diferenças entre os índices. Enquanto o IBGE faz sua pesquisa apenas em regiões metropolitanas, o MTE apresentará também os números relativos ao Interior. O Caged de abril revelou que foram criadas 137,5 mil vagas no Interior de nove Estados. Nas regiões metropolitanas a geração de postos formais foi de 99,8 mil.


Fonte: Diário do Nordeste

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