sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Trabalhador leva menos tempo para conseguir emprego


Trabalhador passa em média 33 semanas para conseguir um emprego. Ilustração: Google Imagens

Menos tempo para o trabalhador encontrar emprego e melhor histórico de trabalho formal na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). Essas são algumas das informações elencadas como relevantes da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), apresentada pelo Sistema Nacional de Empregos/Instituto de Desenvolvimento do Trabalho (Sine/IDT). Mas em linhas gerais, a taxa de desemprego manteve-se estável, entre os meses de junho e julho de 2011, em 9,7% da População Economicamente Ativa (PEA), resultado das oscilações de 6,5% para 6,4%.

Destaques

Em 2010 o trabalhador passava até 40 semanas para encontrar um emprego e em julho deste ano o comportamento muda para 33 semanas. Quanto à formalização, no referido mês a RMF apresentou um quadro de 659 mil pessoas com carteira assinada, o maior número desde 2008.
 
“O menor tempo na procura por emprego reflete o aquecimento que a economia está tendo. Ou seja, a economia cresce, o emprego começa a aumentar e as pessoas começam a ter menos tempo de procura quando saem de um emprego para outro”, explica o supervisor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Reginaldo Aguiar.

Ele também comenta sobre o aumento de empregados no setor da construção civil, com 126 mil pessoas em julho deste ano, o índice também é o maior registrado desde 2008. De acordo com Aguiar, o setor da construção civil, esteve aquecido e há dois anos seguidos ele é o segundo que tem maior contribuição no valor adicionado do Estado. “E agora por conta das obras da copa, como também por causa dos prazos de entrega dos imóveis temos uma intensificação dessa procura”, considera Aguiar.

Já na leitura do coordenador de Estudos e Análise do Mercado do Sine/IDT, Erle Mesquita, o comportamento de menor tempo para o trabalhador é relativo a uma característica do mercado brasileiro de ser “muito rotativo”, diz Mesquita.

Conforme Mesquita há um grande fluxo no emprego formal, em que mais da metade dos trabalhadores estão se desligando com menos de um ano do emprego. Apesar disso, e de uma pequena melhora no perfil de renda do trabalhador. O salário real de Fortaleza é de R$ 902, o menor entre as sete capitais pesquisadas pelo Dieese.

ENTENDA A NOTÍCIA

Mesmo com índices de desemprego menores que a média nacional, a Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) ainda tem um longo caminho a seguir na questão da qualidade do emprego e rendimento médio salarial, sendo no Brasil de 8,3% e, no Ceará, de 6,4%.

NÚMEROS 

902 REAIS é a média salarial de trabalhadores fortalezenses, a menor entre as capitais e Distrito Federal


659 MIL pessoas tiveram a carteira assinada em julho deste ano, melhor estimativa desde 2008

Fonte: Natali Ceratti/O Povo

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