Uma liminar do TST (Tribunal Superior do Trabalho) desta quinta-feira determinou que os grevistas dos Correios mantenham pelo menos 40% dos funcionários no trabalho em cada unidade operacional da empresa.
Eles estão em greve há mais de três semanas.
A categoria não irá recorrer, porque o julgamento da liminar será amanhã. O julgamento seria na próxima segunda-feira (10), mas foi antecipado pelo TST porque o tribunal tentará decidir.
O tribunal tentará julgar, na segunda, o dissídio da categoria.
Ontem, os grevistas resolveram rejeitar o acordo que havia sido feito, na terça-feira, com a empresa no TST. Por isso a decisão final sobre a paralisação, agora, irá depender da Justiça.
Editoria de Arte / Folhapress | ||
ACORDO
A proposta de consenso que foi rejeitada previa a reposição da inflação de 6,87%, retroativo a agosto, e um reajuste linear de R$ 80 a partir de outubro.
Os 21 dias de greve --agora já são 23-- seriam compensados. Em 15 deles, os trabalhadores atuariam aos sábados e domingos para colocar em dia o passivo de carga atrasada.
Os outros seis, que já foram descontados na folha de pagamento de setembro, seriam devolvidos imediatamente aos grevistas, mas haveria um desconto a partir de janeiro, parcelado em até 12 meses.
No início do movimento, a categoria reivindicava aumento salarial linear de R$ 400 a partir de janeiro, reposição da inflação calculada em 7,16% e mais 24,76% referentes a perdas acumuladas desde 1994.
BALANÇO
Já houve atraso na entrega de mais de 147 milhões de cartas e encomendas. O governo federal cortou o ponto dos grevistas e exigiu compensação dos dias não trabalhados.
A greve suspendeu os serviços de entrega com hora marcada dos Correios e também atrasos de três a quatro dias nos demais. A empresa pretendia ontem normalizar os serviços na próxima semana.
A empresa contabilizou um prejuízo diário de R$ 20 milhões. A cifra pode aumentar, uma vez que são comuns ações judiciais de clientes por conta dos atrasos.
Funcionários dos Correios em frente TST para acompanhar a audiência de conciliação com a empresa |
Fonte: Marcelo Camargo/Folhapress
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