quinta-feira, 31 de março de 2011

Mais da metade dos brasileiros recebem salário em dinheiro

BRASÍLIA - Apesar do avanço do acesso aos bancos no Brasil, 55% da população brasileira ainda recebe seus salários em dinheiro. Os dados fazem parte da pesquisa "O Brasileiro e sua Relação com o Dinheiro", versão 2010, divulgada nesta segunda-feira, 28, pelo Banco Central (BC). Em 2007, ano de referência da pesquisa anterior, a porcentagem de trabalhadores que recebiam em dinheiro também era de 55%.
No ano passado, 39% dos brasileiros recebiam salários por meio de depósito em conta. Em 2007, a porcentagem era de 34%. Um total de 2% recebia seus vencimentos em cheque em 2010, retirando o dinheiro no caixa dentro da agência. Antes, o índice era de 3%.
A pesquisa mostra ainda que cresceu o índice de pessoas com conta corrente no Brasil e, agora, cerca de metade da população conta com esse instrumento. O indicador estava em 39% em 2007 e no último levantamento atingiu 51%. Um total de 42% (ante 37% em 2007) tem conta poupança. A posse de cartão de crédito subiu de 31% para 43% e de cartão de débito, de 35% para 43%.
O estudo, encomendado pelo BC, foi feito pelo Instituto Zaytec Brasil, que fez 2.089 entrevistas em todos Estados brasileiros e no Distrito Federal e em municípios com porte de pelo menos 100 mil habitantes.

Troco

O comércio sente mais falta das notas de R$ 5 e R$ 2 para dar troco, segundo a pesquisa "O Brasileiro e sua relação com o dinheiro", versão 2010, divulgada pelo Banco Central. O segmento também declara que as moedas de R$ 1 e de R$ 0,50 são as que mais fazem falta. Mais da metade dos comerciantes demonstrou estar insatisfeita com o fornecimento de moedas pelos bancos. Cerca de um quarto do setor gostaria de ver em circulação moedas com valores acima de R$ 1, com destaque para os que demandam moedas de R$ 2 (62%).
De acordo com a pesquisa, aumentou de 54% para 58% o índice de caixas do comércio que se lembram da divulgação das campanhas de reconhecimento de notas falsas. O número dos que declaram já ter recebido nota falsa no comércio caiu de 61% para 58%, dos quais notas de R$ 50 e de R$ 10 são as mais comuns.
Mais da metade dos comerciantes declaram que, ao perceber a nota a falsa, se o cliente ainda estiver no estabelecimento, devolve a ele. Se o cliente já tiver ido embora, cerca de um quarto dos comerciantes diz que joga a nota fora, índice semelhante aos do que usam o objeto como exemplo interno. Um índice de 31% declara que encaminha a nota falsa ao banco. Segundo a pesquisa, 91% dos comerciantes verificam a autenticidade da nota.

Fabio Graner, da Agência Estado
 

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