quarta-feira, 29 de junho de 2011

Terceirização de mercado não agrada

Conhecido como Mercado Pio XII, local apresenta
 precariedades, conforme permissionários
FOTOS: ELIZÂNGELA SANTOS
Juazeiro do Norte A terceirização do Shopping Popular Raimundo Viana, neste Município, não tem agradado os permissionários. Muitos reclamam da ausência de um bom tratamento por parte da empresa que atualmente administra, a SR Empreendimentos, responsável pela maioria dos mercados de Juazeiro, além de questões básicas relacionadas à limpeza no local e melhor segurança. No último sábado, os permissionários dizem que ficaram sem água e energia no local.

Por mais de dez anos, o mercado do Pio XII foi administrado por uma associação criada pelos próprios permissionários. São 162 boxes no local. Segundo o secretário da Associação, Cícero Carlos, desde que foi iniciada a administração por parte da empresa, não houve nenhuma reunião com os representantes da associação. Desde junho do ano passado que a empresa SR Empreendimentos passou a gerenciar o mercado. Os permissionários, que antes pagavam R$ 20,00, repassam para a empresa R$ 50,00, mensalmente. Eles afirmam que conseguiam administrar apenas com R$ 20,00 e não tinham problemas.

Segundo Cícero, até para fazer uma coberta teve que arcar parte do pagamento com o rapasse da associação, dinheiro que, segundo o responsável pela empresa SR Empreendimentos, Ramon Gomes, no valor de R$ 2 mil, será repassado ainda esta semana. Cícero disse que as telhas que foram trocadas para a coberta do mercado já apresentam problemas por serem de qualidade ruim. "Tem muitas goteiras".

A administradora Walkíria Lúcia, representante da SR Empreendimentos, no mercado, diz que todo o repasse que ela recebe no local é dado para a sua empresa. Nesse sentido, afirma que não tem como resolver os problemas de imediato, já que são repassados para a administração. Uma reforma foi realizada no mercado e entregue no fim do ano passado. Segundo o secretário da Associação, foram melhorias apenas relacionadas à pintura no local e, mesmo assim, diz ele, só por fora. Com esses serviços foram gastos cerca de R$ 611 mil.

A água do mercado provém de um poço no local, mas depende de uma bomba que já deu defeito. Para isso, Ramon afirma que foi providenciada outra bomba. Ele diz que sobre as acusações de maus tratos relacionados aos funcionários com os permissionários acontece o contrário, e diz que se isso acontecer novamente irá registrar boletim de ocorrência. Segundo ele, foi providenciada a religação da luz assim que soube do problema.

Fonte: Elizângela Santos, Diário do Nordeste

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