quinta-feira, 21 de julho de 2011

Mais de 20 mil empregos no primeiro semestre no Ceará

Postos na área de serviços gerais e manutenção elevaram-se com o mercado imobiliário aquecido.
Foto: Silvana Tarelho/DN

No primeiro semestre deste ano, o mercado de trabalho formal do Ceará gerou 20.352 novas vagas de trabalho, o segundo melhor saldo do Nordeste - atrás da Bahia (60.472).

O saldo do Estado é, no entanto, menor que igual período do ano passado (30.110), mas ainda é considerado um "bom resultado", que reflete um "nível de crescimento ampliado", segundo análise do coordenador de Estudos e Análise de Mercado do Instituto de Desenvolvimento de Trabalho (IDT), Erle Mesquita. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e foram divulgados, ontem, pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Na análise de Mesquita, 2011 apresenta um ritmo menor em relação a 2010, mas ainda está acima dos anos anteriores. Em 2009, o saldo do primeiro semestre foi de 5.173 novos empregos. Em 2008, 10.483.

O desempenho do mercado de trabalho, de janeiro a junho deste ano, contou com a influência do setor de Serviços, que gerou 14.025 novos postos, seguido pela Construção Civil (5.126), Comércio (2.544), Administração pública (238) e atividade extrativa mineral (195).

Foram registrados saldos negativos, nos seis meses, na Agropecuária (-924), Indústria de transformação (-818) e Serviços e indústrias de utilidade pública (-34).

Serviços em alta

Mesquita destaca que o setor de Serviços apresenta melhor resultado por conta do vigor do mercado imobiliário, que demanda trabalhadores para vagas de agenciamento, locação e manutenção de imóveis.Somente em junho, foram gerados 4.084 empregos celetistas. Os setores que mais geraram vagas, no mês passado, foram o da construção civil (1.796 postos), de serviços (918) comércio (892) e agropecuária (775). Nos últimos 12 meses, 68.063 vagas foram criadas no mercado de trabalho do Estado.Para o segundo semestre, a expectativa é manter o mercado de trabalho aquecido, o que já ocorre tradicionalmente neste período do ano. "Todos os setores tendem a contratar, com exceção da agropecuária, que é mais informal", afirma o coordenador do IDT.

Geração de trabalho

Fortaleza registrou a maior geração de empregos formais no Nordeste, nos três períodos analisados: junho (2.634 novas vagas celetistas), no primeiro semestre deste ano (17.018), e nos 12 meses encerrados mês passado (47.690), segundo dados do Caged, divulgados ontem. Entre os municípios cearenses, os melhores resultados na geração de emprego formal em junho, depois da Capital, foram registrados no Eusébio (349), Aracati (294), Crateús (270), Pacajus (250), Maracanaú (219) Juazeiro do Norte (172), Camocim (114), Limoeiro do Norte (93), Quixeramobim (90) e Aquiraz (84).No primeiro semestre do ano, os maiores saldos, depois da Capital, foram de Eusébio (1.728), Juazeiro do Norte (1.452), Maracanaú (949), Pacajus (582) e Barbalha (308). No Nordeste, o segundo melhor resultado, no primeiro semestre, é Salvador (12.227), seguido por Recife (11.723), Aracaju (4.407), João Pessoa (3.962), Teresina (3.846) e Maceió (3.691). Saldos negativos foram anotados em São Luís (-2.328) e Natal (-587), de janeiro a junho deste ano.Apenas em junho, o Nordeste criou quase metade do verificado durante todo o primeiro semestre de 2011. Foram 39.953 novas vagas de trabalho no mês. No balanço do semestre, verificou-se a criação de 80.801 novos postos, a segunda maior geração de empregos da região, para o período.

Fonte: Carol de Castro/Diário do Nordeste (com adaptações)

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