quinta-feira, 19 de maio de 2011

OIT alerta sobre discriminação no mercado de trabalho

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) fez um alerta sobre os diversos tipos de discriminação enfrentados por imigrantes que buscam oportunidades de trabalho em países desenvolvidos. As diferenças de tratamento, segundo especialistas, incluem salários mais baixos para as mulheres, exigências de testes de HIV/aids e dificuldades para o ingresso de idosos.
A advertência é destaque no Relatório Global sobre a Igualdade no Trabalho de 2011, divulgado na última segunda-feria, em Genebra, na Suíça. O documento foi elaborado com base em informações de 169 países, dos 183 que integram a OIT.
O diretor-geral da OIT, Juan Somavia, afirmou que aumentam as queixas sobre diferenças de tratamento e salário entre imigrantes e nacionais. Para Somavia, é fundamental que os líderes políticos adotem medidas para conter essas ações. "A resposta certa é combinar políticas de crescimento econômico com políticas de emprego, proteção social e direitos no trabalho, permitindo aos governos, aos parceiros sociais e à sociedade civil que trabalhem juntos incluindo mudanças de atitudes por meio da educação", disse Somavia.
Porém, no relatório, os especialistas indicam que a ausência de dados confiáveis também atrapalha a análise precisa do que ocorre no mundo envolvendo a mão de obra de imigrantes. No entanto, os peritos comemoraram a redução das diferenças de tratamento entre gêneros - embora os homens ainda sejam maioria no que se refere aos melhores salários.
No relatório, os especialistas mencionam os principais problemas envolvendo o mercado de trabalho mundial. Uma das principais queixas é o assédio sexual que atinge, em geral, mulheres independentes financeiramente, embora as imigrantes estejam no foco, segundo a pesquisa.
Também há referências de denúncias de racismo, em geral, atingindo imigrantes da África e Ásia, além de povos indígenas e minorias étnicas. Os especialistas advertem ainda que há discriminação por orientação religiosa, em geral, em empregos do setor público.
Segundo o relatório, as pessoas com o vírus HIV/aids também são alvo de discriminação, pois há empregadores que as obrigam a fazer testes para identificação da doença. Há, ainda, reclamações por discriminação por idade - os mais velhos afirmam que sofrem preconceito na hora e de pedir emprego.
Fonte: Terra

Em tempo: taxa de desemprego no Brasil é maior entre negros e pardos

A Organização Internacional do Trabalho, OIT, indica que apesar dos avanços na legislação antidiscriminatória, as crises econômica e social estão na origem da rejeição contra vários grupos sociais e trabalhadores imigrantes.

O Brasil aparece com uma taxa de desemprego de 10,1%, entre negros e pardos, enquanto que entre trabalhadores brancos, é de 8,2%. Apesar de serem 45,5% da população ativa, sua participação na população desempregada é de 50,5%.

Mulheres

O documento ressalta a persistência de formas tradicionais de discriminação contra mulheres, que em média ganham entre 70% e 90% abaixo dos homens. A discriminação racial, religiosa e por incapacidade também sao citadas no informe. Num número limitado de países industrializados é identificada uma nova tendência de discriminação relacionada com o estilo de vida, como tabagismo e obesidade.

Fonte: Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova York / Correio do Brasil (Texto adaptado)

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