segunda-feira, 6 de junho de 2011

Previdência quer compensação por desoneração de folha

O ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves, afirmou que a proposta de desoneração da folha de pagamento do trabalhador precisa garantir os recursos necessários para a Previdência, a longo prazo. "Estamos discutindo com o Ministério da Fazenda uma forma de compensação mais adequada", disse.

A principal proposta em debate, no governo, é a substituição da cobrança dos atuais 20% sobre a folha, por outro tributo que incidiria sobre o faturamento das empresas. Além disso, cogita-se a cobrança de alíquotas diferenciadas para determinados setores, como o financeiro. "Precisamos saber se isso bate. Senão vai dar diferença e comprometer a equação da Previdência", afirmou.

Segundo ele a proposta mais discutida até agora é a que substitui o fator previdenciário pelo sistema de soma da idade com o tempo de contribuição.

Ainda ontem, Garibaldi tentou manifestar sua opinião em reunião com centrais sindicais a respeito de uma substituição do fator previdenciário. Contudo, o encontro acabou sem consenso. "O consenso já esteve mais perto", resumiu o ministro.

A falta de desfecho se deu, segundo participantes, tanto por falta de proposta clara por parte do governo quanto em função de avaliações díspares por parte das centrais sindicais. "Admitamos que o governo não estava preparado para uma decisão final sobre o assunto", disse Garibaldi. 

Para as centrais, ainda não está claro se o governo defende a proposta de se criar a idade mínima para a aposentadoria ou se fica valendo a soma dos anos de contribuição mais a idade do beneficiário que seria de 85 para as mulheres e 95 para os homens.

O presidente nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique, disse que a Central defende a proposta 85/95. "Saímos daqui frustrados, pois quanto mais tempo demora para se definir essa coisa, pior vai ficando para o trabalhador."

Fonte: DCI – Comércio, Indústria e Serviços

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